São Paulo ampliará sistema de Logística Reversa com decreto regulamentador

São Paulo – Foi realizado nesta sexta-feira (04), no Auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, o evento “Desafios e Oportunidades da Logística Reversa de Embalagens no Município de São Paulo”, promovido pelo Instituto Giro, entidade gestora parceira da eureciclo, a convite do vereador Gilberto Nascimento Jr (PL).

O encontro reuniu autoridades, especialistas, representantes do setor público e da sociedade civil para debater os caminhos da implementação da Lei 17.471/2020, que estabelecerá metas mais ambiciosas para a gestão de resíduos na capital paulista do que as determinadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010), com piso de recuperação estipulado em 35% para 2024.

 

O evento contou com a presença do vereador Gilberto Nascimento Jr (PL), de Jessica Doumit, diretora-presidente do Instituto Giro e diretora de governança da eureciclo, de Maria Fernanda Pelizzon Garcia, gerente do Departamento de Sustentabilidade da CETESB, e do deputado federal Marangoni (União Brasil), um dos parlamentares mais ativos sobre sustentabilidade e gestão de resíduos no Congresso Nacional. Nos últimos oito anos, o município gerou uma média de 20.000 toneladas ao dia de resíduos, segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Ainda estiveram presentes Mauro Haddad, diretor do SP Regula, e Diego de Souza, assistente jurídico do gabinete de Gilberto Nascimento.

 

Para o vereador Gilberto Nascimento, “São Paulo é um exemplo e modelo para o país: o que acontece aqui em termos de políticas públicas e gestão reverbera positivamente. Por esse motivo, pretendemos ampliar a coleta seletiva e expandir os índices atuais de reciclagem com um piso de 35%, pensando nas futuras gerações que precisam ter mecanismos para lidar com o excesso de resíduos em circulação”.
Na avaliação do deputado federal Marangoni, “pretendemos expandir cada vez mais os círculos virtuosos em favor de uma legislação que possa ser aplicada e que não permaneça

apenas na teoria”. Ele discorreu sobre como tem atuado junto à equipe da reforma tributária para que o setor da reciclagem seja contemplado de forma adequada quanto às tarifas dos diferentes tipos de resíduos, a fim de fomentar a economia circular no país.

 

Para Jessica Doumit, “a discussão em torno da Lei 17.471/2020 neste importante espaço público em âmbito nacional posiciona São Paulo como um município de vanguarda na gestão de resíduos sólidos, com ações que devem puxar outros estados da federação a elevar o piso, bem como a fiscalização da gestão, o que deve gerar um efeito dominó bastante positivo para o setor da reciclagem e logística reversa. O reajuste proposto de 3% em relação ao federal (32) amplia as responsabilidades compartilhadas pelos atores que participam da vida útil dos resíduos, colocando em pauta a necessidade de ações ambientais coletivas e integradas, em prol de um mundo mais equilibrado no futuro”, comentou.

 

Também estiveram presentes representantes da Abrema, que integra uma macroestrutura de fiscalização e fomento às atividades do meio, sendo fundamentais no aprofundamento das políticas públicas pertinentes. Importante salientar os pontos de convergência entre os diversos atores da sociedade presentes no evento e interessadas na reunião – expansão da coleta seletiva no município, implementação de tecnologia (GPS e avisos como os da Defesa Civil sobre a chuva para reciclagem), transferência mais robusta de renda e profissionalização da categoria, fortalecendo toda a cadeia.

 

São Paulo se antecipa ao piso federal da PNRS

O alcance amplificado da Política Nacional de Resíduos Sólidos tem cumprido um importante objetivo de reduzir e destinar corretamente os resíduos sólidos gerados no país, mas ainda tem enormes gargalos em relação às metas e volumes de massa reciclada pelos estados. A lei determina a responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes pela implementação de embalagens em geral após o uso e descarte do consumidor, com meta progressiva estabelecida em acordo setorial, atualmente definida em 32%. Os créditos de reciclagem funcionam como os créditos de carbono e foram regulamentados com a publicação do Decreto Federal no 11.044/22, atualizado e substituído, a partir de 14 de abril de 2023, pelo Decreto Federal no 11.413/23.

 

Sobre o Instituto Giro

O Instituto Giro é uma entidade gestora de logística reversa de embalagens em geral, habilitada pelo Ministério do Meio Ambiente, que atua nacionalmente na implementação e operacionalização de sistemas de logística reversa de embalagens. Somos uma associação privada, sem fins lucrativos, comprometida em garantir que a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos se traduza em ações concretas e efetivas. Atualmente, contamos com 98 associados em todo o Brasil.

O Instituto Giro tem como missão promover o desenvolvimento sustentável em todo território nacional, por meio de iniciativas de desenvolvimento ambiental, social e econômico e a operacionalização da logística reversa, envolvendo entidades da sociedade civil, setor público e entidades privadas, com a operacionalização da logística reversa por meio da eureciclo.
Sobre a eureciclo

A eureciclo é um negócio de impacto socioambiental que transforma a cadeia de reciclagem e a vida das pessoas. Nossas soluções incentivam as empresas e a sociedade em um movimento para gerar mudança em escala por um futuro melhor.

 

Somos especializados na rastreabilidade dos resíduos gerados por embalagens pós-consumo e movidos pela missão de aumentar as taxas de reciclagem no Brasil. Atuamos com a estruturação da cadeia de reciclagem para logística reversa de embalagens e, para isso, contamos com a parceria de mais de 500 operadores, organizações de catadores e cooperativas nessa jornada.

 

Desde o começo de sua história, em 2016, como resultado da parceria com mais de 7 mil clientes, a eurecicloconseguiu que mais de 1,5 milhão de toneladas de resíduos destinados corretamente, sem que deixassem de ocupar aterros e lixões no Brasil e tivemos mais de 16 mil famílias impactadas, com um aumento de 67% na capacidade de triagem dos operadores, além de distribuir mais de R$92 milhões às mais de 500 centrais de triagem, organizações de catadores e operadores parceiros, além de 800 mil toneladas de CO2 deixadas de serem emitidas na atmosfera.

 

A eureciclo é certificada como Empresa B, que indica um modelo de negócio com foco no desenvolvimento social e ambiental e é premiada como Best for the World™, pela contribuição para o bem-estar econômico e social das comunidades onde atua. Além disso, também foi reconhecida com o Prêmio ECO® de 2022 , e selecionada para a lista das 100 startups to Watch, que enaltece os negócios mais promissores do ecossistema de inovação brasileiro.

 

Para saber mais, acompanhe as redes:

seloeureciclo

www.eureciclo.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *